O futuro do saneamento básico no Brasil: Tendências e desafios

Entendendo a história do saneamento básico no Brasil, podemos fazer projeções para um futuro sustentável e com compromisso de superar desafios
Já é de conhecimento que a LCB Saneamento tem o compromisso selado
com as inovações de tecnologia sustentáveis na frente do saneamento básico
brasileiro. No Brasil, enfim, esse tema ganha cada vez mais relevância diante do
histórico de desigualdade no acesso à água potável, ao esgotamento sanitário, à
coleta de resíduos sólidos e ao manejo adequado das águas pluviais.
Por conta do desenvolvimento da tecnologia atual no meio ambiente,
podemos ter a chance de mudar o cenário do saneamento básico para as próximas
décadas. Porém, por conta dos desafios que enfrentamos com às crises mundiais, o
futuro do saneamento básico brasileiro depende de investimentos e uma
governança eficiente.
Como está o saneamento básico no Brasil hoje?
No cenário atual, cerca de 33 milhões de brasileiros ainda não possuem
acesso à água tratada e 90 milhões vivem sem coleta de esgoto. Além disso,
apenas metade do esgoto do país é tratado antes de ser devolvido à natureza, o
que reflete no impacto da saúde pública e o desenvolvimento de doenças como dengue, diarreia e leptospirose passam a afetar as camadas que sofrem de
desigualdade social.
Qual o caminho para o futuro do saneamento básico no Brasil?
Segundo o Marco Legal, a meta de 2033 é que 99% da população brasileira
tenha acesso à água potável e 90% ao tratamento e à coleta de esgoto. Com um
investimento de R$ 700 bilhões e juntamente a parceria do setor privado, busca-se
atrair o capital e a expertise técnica para o desenvolvimento da universalização de
tais serviços. Além disso, com a implementação das tecnologias digitais, a
automação de sistemas, monitoramento remoto de redes e o uso de inteligência
artificial serão ferramentas indispensáveis para a otimização de soluções integradas
de saneamento, energia e gestão de resíduos, tornando os serviços mais
sustentáveis e eficientes.
Ainda, fortalecer a economia circular no setor e transformar o esgoto em uma
fonte de resíduos pode auxiliar no processo de reaproveitamento de água tratada
para fins industriais ou agrícolas. Assim, minimizam-se os custos, impactos
ambientais e fortalece o uso racional de recursos naturais.
Desafios a se considerar
A desigualdade social é um grande desafio a ser enfrentado no Brasil. Áreas
rurais e pequenos municípios carecem de recursos técnicos e financeiros para
implantar sistemas de saneamento de qualidade. A falta de planejamento urbano e
expansão mal planejada aumentam as dificuldades de implementação de redes
integradas de abastecimento e esgotamento. Além disso, a gestão também possui
um grande papel para um bom funcionamento que depende de diversas esferas do
governo, agências reguladoras e prestadores de serviço, que garantem que metas
de universalização sejam devidamente cumpridas.
Assim, o futuro do saneamento básico no Brasil depende da integração de
novas tecnologias, inclusão social e responsabilidade ambiental, que também dependem da força em conjunto do poder público, da iniciativa privada e sociedade
civil para que, assim, o acesso universal ao saneamento seja uma realidade
possível de ser alcançada para toda a população.